As violências sexuais constituem traumas que, algumas vezes, nunca cicatrizam. Ainda mais quando a vítima é criança ou adolescente. São dois os tipos de violência sexual: abuso e exploração sexuais. Ambos podem trazer consequências graves para a saúde física e mental da vítima, incluindo, além dos traumas psicológicos já mencionados, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez precoce e até mesmo morte.
As vítimas precisam de apoio, proteção e justiça para superar as marcas deixadas por essas violações tão cruéis. Certamente, a melhor forma de combater abuso e/ou exploração sexuais é prevenindo, e grande parte desse trabalho pode ser alcançado por meio da educação.
Lídia Rodrigues, educadora social e ativista pelos direitos das crianças e adolescentes, defende que é preciso "começar e retomar um processo de educação em alta proteção, ou seja, de educação sexual com crianças e adolescentes".
"Para que elas consigam identificar as situações antes de acontecerem e consigam aí estabelecer os 'nãos' necessários, e que muitas vezes elas não têm nem elementos para saber que podem dizer esses 'nãos'." - Lídia Rodrigues, educadora social e ativista pelos direitos das crianças e adolescentes
Foto: Lucas Casemiro
É fundamental que haja políticas públicas efetivas de prevenção, proteção e atendimento às vítimas de violência sexual, bem como o fortalecimento da educação e conscientização sobre o tema. Por isso, o IDEP Social elencou sete dicas sobre este assunto, que você deve repassar às crianças e aos adolescentes mais próximos.
Dicas de defesa e de como buscar ajuda em caso de violência sexual contra crianças e adolescentes
Eu posso dizer "Não!" É importante que a criança saiba que ela tem o direito de dizer "não" para algo que a deixe desconfortável ou insegura.
Eu tenho um corpo: Ensine a criança a nomear e identificar TODAS as partes do corpo, incluindo as sexuais. Elas não devem permitir que outras pessoas as toquem de forma inadequada, incluindo familiares próximos.
Eu conheço sobre abusos: Ensine a criança sobre abuso infantil, para que ela saiba identificar e prevenir situações de risco.
Eu tenho a quem pedir ajuda: Incentive a criança a falar com alguém de confiança, caso sofra alguma violência ou se sinta desconfortável com alguma atitude. Pode ser um familiar, um professor, um conselheiro escolar ou um médico. Além disso, esteja presente na vida da criança, demonstre amor, carinho e apoio, para que ela se sinta segura e protegida.
Eu posso discar 100!: As denúncias podem ser feitas gratuitamente por meio do Disque Direitos Humanos, com garantia do anonimato do denunciante. É importante denunciar qualquer suspeita de abuso infantil às autoridades competentes, como a polícia ou o Conselho Tutelar.
Eu devo buscar ajuda profissional: Se a criança suspeita ter sido ou foi vítima de abuso infantil, é importante buscar ajuda profissional, como de um psicólogo, assistente social ou médico.
Eu devo ficar alerta: Fique atento a qualquer mudança no comportamento da criança, como medo, tristeza, falta de apetite ou isolamento social.
E aí, já conhecia essas dicas ou sabe de outras? Deixa como sugestão nos comentários abaixo!
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